segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Numeração Romana

A cultura portuguesa é herdeira da cultura romana. A língua que falamos é a mais viva prova desse facto, mas existem numerosos outros aspectos nos quais nem reparamos, mas que apontam para a nossa filiação latina. É o caso da numeração romana que a gramática exige que usemos, por exemplo, quando escrevemos os séculos - ninguém pode estranhar que eu escreva que estamos no século XXI!

A numeração utiliza, apenas, sete símbolos que, organizados segundo algumas regras, permitem numerar quase tudo. Cada um desses símbolos (letras maiúsculas) corresponde a um valor numérico

Símbolos e valores numéricos
I - 1
V - 5
X - 10
L - 50
C - 100
D - 500
M - 1000

Principais regras:
  • Nunca se pode escrever o mesmo símbolo mais do que três vezes seguidas. Quando se repetem, duplica ou triplica o valor. Os símbolos V, L, D nunca se repetem e percebe-se porquê: o dobro de cada um tem símbolo próprio.

Exemplos:I = 1 ; II = 2 ; III = 3
X = 10 ; XX = 20 ; XXX = 30
  • Símbolo de menor valor colocado à esquerda de um símbolo de valor superior obriga a subtrair. Se colocado à direita obriga a somar.

Exemplos:IV = 4 (1 - 5) ; XL = 40 (10 - 50) ; CD = 400 (100 - 500)
VI = 6 (5+1) ; LX = 60 (50+10) ; DC = 600 (500+100)

Atenção:

I só se coloca à esquerda de V ou de X (por exemplo, se quiseres escrever 999 tem mesmo que ser: CMXCIX)
X só se coloca à esquerda de L ou de C;
C só se coloca à esquerda de D ou de M.

Existem mais algumas regras que podes consultar aqui (clica no sublinhado), mas estas são aquelas que mais vezes usamos.





quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO E AS INVASÕES BÁRBARAS


O imperador Teodósio (379-395), que foi um imperador de origem ibérica, dividiu definitivamente o Império Romano em dois, deixando cada parte em herança a um filho seu:

O Império Romano do Ocidente, entregue a Honório e o Império Romano do Oriente, entregue a Arcádio.




O Império, porém, estava em desordem. Povos bárbaros (ou seja: não romanos) não cessam de fazer pressão sobre as fronteiras, tentando entrar. No final do séc. IV, Roma já não foi capaz de resistir às investidas destes povos que, por sua vez, eram alvo dos ataques dos HUNOS (povo bárbaro de origem mongol). No mapa, além da divisão do Império, podes observar bem o percurso de invasão de alguns desses povos.

A maior parte dos BÁRBAROS são povos GERMÂNICOS:
Visigodos; Ostrogodos; Suevos; Alanos; Vândalos; Alamanos; Burgúndios; Anglos e Saxões são os povos que mais contribuíram para o fim do Império Romano que cairá, definitivamente, em 476.

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..................Visigodos.....................................................................Ostrogodos

.................. ..................
..................Vândalos............................................................................................. Suevos





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.................. Alanos ..................................................................................................... Francos






Os Hunos usavam estribo e sela de montar e isso permitia-lhes cavalgar com muito mais conforto e, mais ainda, porem-se de pé sobre o cavalo e usarem o arco e a flecha nos combates a cavalo. Ficaram célebres por serem capazes de montar de costas, o que lhes permitia sair do local de combate ao mesmo tempo que continuavam a disparar setas sobre os adversários. Os Hunos eram temidíssimos e as populações escondiam-se ou fugiam ao ouvirem o grito “lá vêm os Hunos!” Diz a lenda que, nem sequer para dormir, desmontavam dos seus cavalos. Chefiados por Átila, os Hunos foram o terror da Europa durante a primeira metade do séc. V.

São os Hunos que, iniciando a sua expansão, empurram os povos germânicos a entrarem nos Império Romano, originando a sua queda.