terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O PODER DO FARAÓ

O FARAÓ É

UM DEUS VIVO ao qual se presta culto e à frente do qual todos se prostram;

SENHOR ABSOLUTO DO EGIPTO e por isso exerce numerosas funções:

O chefe político: governa o Egipto, organiza e conduz a vida do seu povo

O sacerdote supremo: preside às cerimónias religiosas mais importantes

Chefe máximo do exército: defende o país e aumenta-o conquistando outros territórios

Quem aplica a justiça a todo o povo do Egipto




SÍMBOLOS DE PODER



O faraó é representado com diversos atributos/ símbolos de poder. Os mais importantes são:
a coroa dupla, representando o poder sobre o Alto (coroa branca) e o Baixo Egipto (coroa vermelha)
o nemés, espécie de coifa em linho (azul e ouro)
coroa azul, usada pelos faraós em batalha
cobra capelo (Uraeus, que afasta os inimigos)
abutre (a deusa Nekhbet era a protectora do Alto Egipto)
Ceptro, significando a condução do povo
Chicote, simbolizando a justiça

barba postiça, significando divindade


Os Deuses dos Egípcios


A religião egípcia foi evoluindo ao longo da História dessa civilização. Podemos, no entanto, distinguir as religiões locais das religiões nacionais. As religiões nacionais foram elaboradas pelos sacerdotes. A que se descreve a seguir é de Heliópolis cujos sacerdotes imaginavam o mundo como um disco flutuando num oceano de onde saía o rio Nilo e os Homens tinham nascido das lágrimas dos deuses. Esses sacerdotes criaram, também, uma genealogia para os principais deuses, como podes observar na árvore genealógica presente na imagem.


Amon, Rá, Aton, Amon-Rá: Nasceu por si próprio. É o Sol e o Cosmos e deu origem ao primeiro par de deuses. O seu nome (Amon) significa "aquele que está escondido", pois ninguém o podia ver nem saber como era. É por isso que é representado de muitas maneiras: como um homem com cabeça de carneiro ou, então, inteiramente humano (com uma coroa de plumas), etc. Os seus atributos são o disco solar, os chifres (de carneiro) e o chicote. Enquanto Aton, é representado como um disco solar cujos raios são longos braços que terminam em mãos (como podes ver na imagem abaixo.




Shu: personifica o ar. É representado como um homem com os braços erguidos (para sustentar a abóbada celeste) usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas. O seu animal é o leão.

Tefnut: é o orvalho, personifica a humidade e as nuvens e representa a inundação do Nilo. É representada com forma feminina e cabeça de leoa.

Geb: é a Terra, mas de sexo masculino. Simboliza a fertilidade e a vegetação. É normalmente representado deitado de costas. O seu animal é o ganso.

Nut: personifica a esfera celeste (de sexo feminino). Representa-se como uma figura feminina arqueada, com o ventre voltado para a terra e o corpo nu ou coberto de estrelas.

Osíris: Era um rei na terra que foi morto pelo seu irmão Set. Com o auxílio de Ísis, sua esposa e irmã, ressuscitou dos mortos e tornou-se no seu deus. Osíris é aquele que permite a ressurreição no mundo dos mortos. É representado como uma múmia, sentado num trono com a coroa branca ladeada de penas de avestruz (ou outras coroas) e os símbolos de poder do faraó.

Ísis: Ela deu a imortalidade ao marido. Considera-se encarnada na vaca Athor (amor) e, por isso, às vezes é representada com chifres e o disco lunar na cabeça. O mais habitual é encontrarmos Ísis representada como uma figura feminina com um trono na cabeça.

Set: personifica o mal e encarna no cão (ou chacal). É o assassino de Osíris e o inimigo de Hórus, simbolizando os conflitos do universo. É representado como um homem com cabeça de cão (ou chacal) com orelhas compridas mas cortadas.

Néftis: é a deusa dos mortos, irmã de Ísis a quem ajudou a mumificar Osíris. É representada com corpo feminino e uma coroa na cabeça igual ao hieróglifo que significa casa.

Hórus: é o deus protector do faraó. É representado, quer como uma criança (com o dedo na boca), quer como um homem com cabeça de falcão e a coroa dupla do Egipto ou, ainda, como um disco solar com asas.
Outros deuses importantes:

Mahat: deusa da verdade, da ordem e da justiça. Representada como figura feminina com uma pena de avestruz na cabeça ou, simplesmente, essa pena personificada.

Anúbis: patrono dos mumificadores; protector dos mortos. É representado sob forma humana com cabeça de cão ou, simplesmente, como um cão negro de orelhas ponteagudas.

Tot : é o protector dos escribas. Representado como Íbis ou babuíno.

Vamos fazer um exercício? Tenta descobrir qual é cada um dos seguintes deuses:
ajuda aqui ................................. ajuda aqui ........................... ajuda aqui



Ajuda aqui ..........................Ajuda aqui ..........................Ajuda aqui

Ajuda aqui........................Ajuda aqui...........................Ajuda aqui

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Nilo



Gostaria muito que vissem este pequeno filme para se darem conta da importância do Nilo para o Egipto. Que seriam aquelas terras sem o seu rio? E a vida?
Cada um faça o favor de aqui deixar a sua opinião

quarta-feira, 17 de abril de 2013


...  LER A LIBERDADE...


 

QUEM A TEM...

Não hei-de morrer sem saber 
Qual a cor da liberdade. 
Eu não posso senão ser 
desta terra em que nasci. 
Embora ao mundo pertença 
e sempre a verdade vença, 
qual será ser livre aqui, 
não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade, 
é quase um crime viver. 
Mas embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo 
não hei-de morrer sem saber 
qual a cor da liberdade.
                           
                          (Jorge de Sena, Poesia II)




CANTIGA DE ABRIL

Às Forças Armadas e ao povo de Portugal
 «Não hei-de morrer sem saber qual a cor da liberdade»

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Quase, quase cinquenta anos
Reinaram neste pais,
E à conta de tantos danos,
De tantos crimes e enganos,
Chegava até à raiz.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Tantos morreram sem ver
O dia do despertar!
Tantos sem poder saber
Com que letras escrever,
Com que palavras gritar!

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Essa paz de cemitério
Toda prisão ou censura,
E o poder feito galdério.
Sem limite e sem cautério,
Todo embófia e sinecura.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Esses ricos sem vergonha,
Esses pobres sem futuro,
Essa emigração medonha,
E a tristeza uma peçonha
Envenenando o ar puro.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Essas guerras de além-mar
Gastando as armas e a gente,
Esse morrer e matar
Sem sinal de se acabar
Por politica demente.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Esse perder-se no mundo
O nome de Portugal,
Essa amargura sem fundo,
Só miséria sem segundo,
Só desespero fatal.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Quase, quase cinquenta anos
Durou esta eternidade,
Numa sombra de gusanos
E em negócios de ciganos,
Entre mentira e maldade.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Saem tanques para a rua,
Sai o povo logo atrás:
Estala enfim altiva e nua,
Com força que não recua,
A verdade mais veraz.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

                      Jorge de Sena, 26-28/4/1974


segunda-feira, 11 de março de 2013

FIGURAS DA NOSSA HISTÓRIA

Tal como combinámos, aqui ficam algumas imagens para que os meus queridos alunos se possam inspirar para os trabalhos das actividades da Escola.

Depois de escolherem a imagem, "cliquem" sobre ela para ampliar e depois mandem guardar nas "minhas imagens", para que fique do tamanho real (grande). Depois basta imprimir e proceder como combinámos.

CONDE D. HENRIQUE E CONDESSA D. TERESA



D. AFONSO HENRIQUES



 D. AFONSO III



D. DINIS


REIS DA I DINASTIA


PEDRO HISPANO OU PAPA JOÃO XXI


SANTO ANTÓNIO OU FERNANDO DE BULHÕES

Bom trabalho!

domingo, 3 de março de 2013

A ARTE GREGA: ARQUITECTURA

A Arte Grega

A arte grega dos sécs. V e IV a. C., por ser tão bela e perfeita, serviu de modelo à arte europeia de várias épocas. Dizemos, por isso, que os sécs. V e IV a. C. são um período clássico da arte.


1 – A Arquitectura


Os edifícios em que melhor se manifesta a perfeição da arquitectura grega é nos templos, mas é preciso não esquecer que os gregos também construíram teatros e estádios.


Antes de mais, convém saber que havia edifícios de dois estilos ou ordens: ordem dórica e ordem jónica o que fazia com que, do exterior, parecessem muito diferentes. Nos esquemas seguintes pode perceber-se porquê.
            


              Ordens arquitectónicas: as cores

              rdens arquitectónicas: alçado

A planta dos edifícios era geométrica – normalmente rectangular – e as colunas (stilo, em grego) eram o elemento base da construção. Normalmente rodeavam o edifício, formando o peristilo (isto é: com colunas à volta). Sobre elas assentavam as traves que sustentavam o telhado de duas águas. Nos dois extremos, o espaço triangular formado pelos vértices do telhado e das traves é o frontão.

O que mais sobressai da arquitectura grega é


a ordem (a que cada edifício pertence);

a harmonia das suas proporções: os edifícios não são excessivamente grandes; são construídos à dimensão humana;

o equilíbrio do conjunto apesar da natureza geométrica da planta e da simetria;

a delicadeza da decoração: presente no canelado das colunas, no adorno dos capitéis, nos relevos dos frisos e do frontão, assim como na utilização de cores garridas que dão luz, brilho e alegria ao conjunto.


Observa, agora, as imagens que se seguem e procura identificar nelas as caracterísase que acabámos de enunciar. Pra ver as imagens ampliadas basta clicar sobre elas.

Templo de ordem dórica: Parténon

                                                                                                                                                               
Apeasr da destruição, o Parténon continua a exibir grande beleza. Esta é a fachada Este e o frontão que vês é a montagem de um desenho que foi colocado sobre a fotografia.
........................................................................m araia maddalen  kkkkkkkkkkkkkk
Visto de longe! 

  
Templo de Ordem Jónica: Erecteion
     Acrópole Atenas: Erecteion (vista parcial)


Repara bem na elegância das colunas com a sua base e o capitel de volutas. Repara, ainda, na arquitrave com as suas três bandas salientes. Tudo contribui para que esta ordem seja muito bela!

Em baixo podes observar um pormenor da base da coluna e do templo. Magnífico, não é? mmm mma  ammm a mmmmmmmmmmmmmmmm ammmmmmm ammmmmmmmm
       Erecteion: pormenor da base de coluna           Erecteion: reconstituição do templo

 A acrópole de Atenas, vista da ágora, deveria ter o aspecto da figura que vês a seguir. O mundo deve a Péricles (o estratego que decidiu reconstruí-la); a Ictinos (o arquitecto responsável pela maioria dos edifícios) e a Fídias (o escultor autor de quase todos os relevos e estátuas), toda a beleza que ainda hoje subsiste.

Acrópole de Atenas: reconstituição

 Nota: o trabalho, já o sabes, é fazer o alçado de um templo grego. Se quiseres inspirar-te melhor, podes consultar esta página que tem imagens muito interessantes (clica sobre o sublinhado).

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Religião dos Gregos (II): mitos

Os mitos são narrativas que nos contam a vida dos seres divinos. Pelos mitos percebemos que, para os gregos, o mundo dos deuses reproduzia o mundo humano. Os deuses, tal como os homens, comiam e bebiam, preocupavam-se, descansavam, amavam e odiavam, etc. Eram, aliás, sempre representados sob a forma humana. Por essa razão falamos de ANTROPOMORFISMO quando nos referimos à religião grega.
Eis alguns mitos:
  • Cronos e os deuses primordiais
Uma profecia afirmava que Cronos seria morto por um filho. Para evitar que a profecia se cumprisse, o titã exigia que Reia, sua esposa, e irmã, lhe entregasse os filhos logo que nascessem e devorava-os. Cansada de se ver separada dos filhos e, estando grávida novamente, Reia escondeu-se na ilha de Creta onde nasceu Zeus. Para enganar o marido, Reia entregou-lhe uma pedra embrulhada numa fralda.
Zeus cresceu e, ao atingir a idade adulta, enfrenta o pai, obrigando-o a beber um líquido que o fez "vomitar" os filhos que tinha comido. Desta forma nasceram os deuses referidos no cap. I que, por isso, são chamados deuses primordiais.Os deuses, furiosos e querendo vingança, envolvem-se numa luta gigantesca com os titãs, saindo vitoriosos. Decidem, então, partilhar o mundo pelos três do sexo masculino:
ZEUS dominaria o céu - o Olimpo;
POSEIDON, o mar;
HADES, o inferno.

Por ter feito renascer os irmãos, Zeus tornou-se no pai dos deuses e dos homens. É, também, senhor dos elementos atmosféricos (o raio e o trovão)
  • Filhos de Zeus
Zeus apaixonou-se por sua irmã Hera e do casamento dos dois nasceram ARES (deus da guerra) e HEFESTO (deus do fogo, que era feio e coxo).
Mas Zeus era volúvel e, por causa disso, Hera era ciumenta, perseguindo ferozmente todas as conquistas do marido, fossem elas deusas ou humanas. Foi por essa razão que perseguiu LATONA (grávida de Zeus) que se viu obrigada a refugiar-se na ilha de Delos onde deu à luz os gémeos APOLO e ARTEMISA. Apolo tornar-se-ia no mais poderoso deus do Olimpo, depois de Zeus. Era o deus da beleza eterna, da música, da poesia e dos oráculos. Artemisa tornou-se a deusa dos animais selvagens e da caça. Era também ela quem presidia aos nascimentos. Vestia sempre uma túnica curta e andava sempre acompanhada pelo arco e flechas, assim como pelo seu cão de caça.

Sémele, princesa de Tebas, também foi vítima da vingança de Hera: esperando um filho de Zeus, pediu ao deus (por sugestão de Hera) que lhe mostrasse o seu verdadeiro aspecto. Ora, os seres humanos, segundo os gregos, morriam se vissem um deus como ele era, de facto! Zeus satisfez o pedido da amada e a sua luz fê-la morrer imediatamente. Para não perder o filho, Zeus arrancou-o do ventre da mãe e coseu-o no interior da sua própria coxa até terminar a gestação. Foi então que, da coxa de Zeus, nasceu DIONISO que se tornaria no deus da alegria, do vinho e da loucura.
  • Outros filhos de Zeus
HERMES, filho de Maia, é o mensageiro dos deuses; deus do vento e patrono dos mercadores. É também deus dos sonhos e é ele que conduz as almas ao inferno.
ATENA, deusa que nasceu directamente da cabeça de Zeus, vestindo uma armadura e brandindo uma lança. É a deusa da sabedoria e da arte da guerra.

  • Afrodite

Afrodite, como todos os que foram referidos anteriormente, era uma das mais importantes deusas gregas. Nasceu da espuma do mar e, ao emergir, vinha amparada a uma grande concha de madrepérola. Apesar de ser a mais bela das criaturas, casou com Hefesto, o deus mais feio e disforme!