domingo, 25 de maio de 2014

O MODO DE VIDA EM ROMA

1 – HABITAÇÃO

1.1 - Domus
As pessoas poderosas de Roma viviam em casas particulares, as domus.




Na domus, à excepção do átrio (atrium) cada divisão tinha uma função específica. Assim:

A entrada – fauces – dá acesso a um pequeno espaço, o vestibulum, atrás do qual se abre o atrium que é o espaço central da domus. A sua abertura superior (compluvium) permitia a entrada da água da chuva que caía num pequeno tanque (impluvium), ligado a uma cisterna destinada a armazenar essa água. Num recanto do atrium fica o lararium , altar destinado ao culto doméstico.

O atrium fornece a luz necessária às divisões que o circundam, nomeadamente, o triclinium utilizado para as refeições do dia-a-dia e o tablinum, escritório do dono da casa, utilizado como sala de reuniões com pessoas que não fossem da família.

Um pequeno corredor liga o atrium ao peristylium – segundo pátio interior. Como o nome indica, estava rodeado de colunas e era embelezado com arbustos, flores, estátuas, etc. Junto ao peristilo estão os cubicula (cubiculum: quarto de dormir), a exedra (sala destinada aos banquetes) e também os banhos, apenas nas casas mais ricas. Muitas casas ainda tinham um segundo jardim.

Como já deves ter reparado, a casa romana está toda voltada para o interior. A entrada de serviço fazia-se pelo posticum. À entrada de algumas domus havia tabernae (sing.: taberna) que eram lojas do dono da casa que aproveitava para, nelas, vender os produtos das suas propriedades rurais.

O mobiliário romano era escasso, mas isso era compensado pela riqueza dos materiais com que a casa era construída e decorada: chão de mosaico (aquecido por um sistema de aquecimento central) paredes de mármore ou decoradas com belas pinturas.


1.2 – Insulae

A maioria dos romanos habitava em apartamentos arrendados (cenacula) em prédios de habitação: as insulae. Como podes ver pela imagem, o aspecto exterior não era nada mau, mas…


Varandas e janelas sem vidros arejavam o interior; não havia chaminé nem cozinha (cozinhava-se em fogareiros e os moradores aqueciam-se com braseiras); não existia água nos andares (e alguns destes prédios chegavam a ter sete andares!) e, naturalmente, os mais pobres sujeitavam-se a morar nos andares de cima. O preço da renda subia constantemente. O rés-do-chão de cada insula era ocupado por lojas, também arrendadas pelo proprietário.

Pelas características destas habitações, o perigo de incêndio era constante, para já não falar nas doenças provocadas pela falta de higiene.

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