ANTES DE MAIS...
Os romanos tinham três palavras para designar "cidade". Para aqui, interessam-nos duas: CIVITAS (povoação grande) e URBS (conjunto dos habitantes da cidade; a própria cidade). Pensa na quantidade de palavras portuguesas que nasceram de cada uma dessas palavras (étimos) latinas!
Quem vive na cidade partilha um espaço que deve ser organizado e obedece a regras que permitem a vida em comum. O espaço da cidade romana era organizado e planificado, de modo a facilitar a vida dos cidadãos.
Apresento, aqui, a planta-tipo de uma cidade romana: não corresponde a nenhuma urbe em especial, mas respeita o conjunto de regras que o urbanismo romano foi desenvolvendo ao longo de mil anos de História.
Como se pode observar, a urbs está rodeada de uma muralha (com torres de vigia) e tem planta rectangular. A cidade divide-se em módulos, separados entre si por ruas paralelas de dimensões iguais. Duas ruas, no entanto, têm dimensões maiores: o Cardo (sentido N-S) e o Decumanus (sentido E-O), desembocando cada uma delas nas quatro portas da cidade. No local em que estas duas ruas se cruzam fica o fórum e o mercado, ou seja: os espaços e edifícios mais importantes.
As dimensões dos módulos em que se divide a cidade determinam o tamanho dos espaços públicos. Assim, por exemplo, o mercado corresponde a um módulo. Apesar destas regras, ao longo do tempo surgiram construções tão grandes que as contrariam, sobretudo em Roma.
A monumentalidade e a utilidade são as características essenciais das construções romanas. Ficam aqui alguns exemplos disso .
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Corte das termas de Caracala (Roma)
Como podes ver, as termas são espaços onde os romanos podem encontrar tudo quanto precisam: escritórios, lojas, bibliotecas, restaurantes e, obviamente, também as piscinas para os três banhos: “caldarium” (banho quente); “tepidarium” (banho morno, tépido) e “frigidarium” (banho frio). Naturalmente, não podiam faltar as salas para as massagens! Sabiam viver muito bem, estes romanos!
A ponte romana de Chaves foi mandada construir pelo imperador Trajano, no final do séc. I / início do séc. II. Mede cerca de 150 m e tem 12 arcos.
Arco de Sétimo Severo.
Foi construído em 203 para comemorar o décimo aniversário da subida ao trono deste imperador. Os baixos-relevos contam as suas vitórias na Pártia (Pérsia: Irão e Iraque) e na Arábia. O texto da dedicatória destinava-se aos filhos do imperador, Caracala e Geta, mas quando Caracala se tornou imperador mandou apagar o nome do irmão.
Coluna de Trajano. Foi erigida em Roma em 113, para celebrar a vitória do imperador na Dácia. Mede 30m de altura e no cimo foi colocada uma estátua enorme do imperador. Dentro do pedestal em que assenta a coluna estão as cinzas do próprio Trajano.
No pormenor podem ver-se algumas bandas dos relevos. Cada uma delas mede cerca de 1,30m.